quarta-feira, 15 de agosto de 2012



6.6- Bento Florêncio Munhoz


         Bento Florêncio Munhoz (bat.1824-1880), assim como seu irmão CJM, foi também uma personalidade de destaque na comunidade local. Além do papel que ocupou no sistema produtivo (como agricultor e industrial, sócio do irmão em engenho de mate), integrou a Guarda Nacional, foi membro da Câmara Municipal e da Assembleia da Província, juiz de paz em exercício, delegado de polícia interino e participou da administração de irmandades religiosas.  Exerceu, como se vê, atividades semelhantes às desempenhadas por CJM e  outros cidadãos do mesmo estrato social.    

  Bento foi batizado em 6 de agosto de 1824, segundo informação que recebi da Mitra Diocesana de Paranaguá, sob cuja guarda estão os livros de registros de batismos, casamentos e óbitos realizados na Igreja Católica da região. Bento Florêncio era portanto bem mais jovem que CJM (nascido em 1817). Faleceu em 7 de setembro de 1880 (1), com 56 anos, aproximadamente.

O DD de 3 de maio de 1876-p.4, que continuou a publicar a  lista geral dos cidadãos da paróquia de N. Sra. da Luz de Curitiba aptos a votar (2), informa que ele então contava 50 anos (sic), era “negociante”, sabia ler, era elegível e auferia uma renda de 1.600$000, depois retificada para 1.500$000 (3). CJM, segundo a mesma lista geral, obtinha uma renda de 3.600$000, depois retificada para 3.000$000 (4).

A menção a Bento Florêncio mais antiga que encontrei foi no “Boletim do Arquivo Municipal de Curitiba” que, sob a direção de Francisco Negrão, publicou as atas das sessões da nossa Câmara Municipal.  O volume 55 transcreve a ata da sessão de 17 de abril de 1847, quando Bento tinha cerca de 23 anos. Consta ali que ele requereu

carta de data de 80 palmos (*) de terreno na ‘rua nova’ – além da ponte do Ivo, q’ faz canto em seguida da casa d’Antonio de Paula Xavier, em frente aos pilares do Capitão Manoel Joaqm. de Souza.
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(*) Palmo: “Antiga unidade de medida de comprimento, equivalente a oito polegadas, ou seja, 22 cm” (dic. Aurélio). Logo, a carta de data requerida abrangia 17,6 m

A rua Nova era a atual rua Dr. Murici (que também se chamou rua da Assembleia). O terreno situava-se nessa rua, próximo à atual Praça Zacarias.

O requerimento recebeu parecer favorável da Comissão respectiva da Câmara, conforme a ata de 19 de abril. Um ano mais tarde, na sessão de 11 de abril de 1848, a ata informa que foi deferido outro requerimento seu, ”pedindo licença para abrir alicerces no terreno q’ obteve por carta de data” (cf. v. 56 do Boletim antes citado).

Antes disso, em 1845, Luiz José de Oliveira Franco, filho de João Gonçalves Franco (o sogro de CJM), construiu uma casa na esquina da atual rua Dr. Murici com a praça Zacarias (demolida em 1938 para dar lugar ao antigo Cine Luz, que havia no local). O requerimento de Bento Florêncio antes referido, de 1847, pode ter sido em área contígua à dessa casa que, conforme Francisco.Negrão (apud Cid Destefani), foi transferida depois para o mesmo Bento Florêncio. F. Negrão informa ainda que Luiz José de Oliveira Franco deixou o cargo de Coletor das Rendas Gerais em 1853 e retirou-se para o Sul “donde não mais voltou” (5)

Bento Florêncio instala-se assim próximo às residências de seu irmão CJM   e também do sogro deste, que residiam nas proximidades da ponte do rio Ivo e onde João Gonçalves Franco tinha o seu engenho de mate (CJM casou com sua filha em 1840, como vimos). 

O nome de Bento Florêncio aparece repetidas vezes no “Dezenove de Dezembro”.

Sua patente na Guarda Nacional passa de capitão a major, a partir de 1860, quando comandava a seção de batalhão de Votuverava (6) (antes, em 1858, ele fora nomeado capitão da 1ª. Companhia de Infantaria de guardas nacionais de Votuverava). Esta era uma povoação “à margem da estrada do Açunguy, no município do mesmo nome, atualmente denominado Rio Branco” (do Sul, acrescento eu às palavras de Ermelino de Leão. Acrescento ainda que a colônia Açungui originou a atual cidade de Cerro Azul) (7). Talvez em Votuverava se localizasse alguma propriedade rural sua, ou da esposa, já que o sogro era “grande latifundiário e pecuarista” (Bento era também agricultor, pois recebeu em 1865 sementes de algodão do governo provincial) (8). Foi nomeado para fazer parte do “conselho de qualificação” da capital, conforme Ordem do Dia do comandante da Guarda Nacional, publicada no DD de 19 de abril de 1865- p.4. Bento chegou a exercer o comando interino da Guarda Nacional da capital em 1866, e antes (9).

  Bento Florêncio exerceu o cargo de vereador na Câmara Municipal de Curitiba por seis anos, no período 1855-1860. O “Dezenove de Dezembro” traz algumas referências a ele, nessa condição, em 1855 e 1856 (10). E as atas das sessões da Câmara Municipal, publicadas no “Boletim do Arquivo Municipal de Curitiba” (11), mostram que ele foi vereador também nos anos seguintes, até 7 de janeiro de 1861, quando tomam posse outros vereadores da cidade. Em sua atuação como vereador, reivindicou melhorias para a região da cidade em que ele morava, e seus familiares.

Prestou serviços ao governo provincial, à administração do presidente Francisco Liberato de Matos (que governou a província de 11 de novembro de 1857 a 26 de fevereiro de 1859), o qual o nomearia capitão da Guarda Nacional.  O jornal “Dezenove de Dezembro” associa Bento Florêncio às seguintes ações:

1) fornecimento de cobertores aos colonos que trabalhavam na estrada da Graciosa em 1858, pelo que é indenizado no valor de 72$000 (12). Como se sabe, a construção dessa estrada foi uma das primeiras providências tomadas pelo presidente Zacarias, logo após assumir o governo provincial;

2) encarregado de comprar objetos para o aldeamento indígena de S. Pedro de Alcântara, cuja conta foi apresentada ao governo em 1858 (13) (a sede desse aldeamento “foi estabelecida à margem esquerda do Rio Tibagi, defronte à Colônia Militar do Jataí”, e inaugurada em 1855 pelo frei Timóteo de Castelnuovo. Quem recebeu a incumbência de fundar o assentamento foi João da Silva Machado (Barão de Antonina), que contou para tanto com a participação do sertanista Joaquim Francisco Lopes) (14);  

3) encarregado de promover a condução de três “cargueiros” (ou bestas de carga) de Curitiba para Castro com objetos para os índios; por esse serviço pede ao governo provincial pagamento de 25$000, conforme edições do DD de março de 1859  (15).

  Na eleição municipal e de juízes de paz da freguesia da Capital, realizada em 7 de setembro de 1860,  Bento Florêncio foi eleito 1º suplente dos quatro juízes de paz escolhidos (um deles, o Dr. Jesuíno Marcondes de Oliveira e Sá) (16). 

Em meados de outubro de 1860, o presidente da Província (José Francisco Cardoso, um político que entrou em conflito com a sociedade local) (17), concedeu ao major comandante da seção de batalhão de infantaria da Guarda Nacional de Votuverava, Bento Florêncio Munhoz, dois meses de licença para tratar de seus negócios no Rio de Janeiro (18). Ele não chega a aproveitar todo o período da licença obtida, pois já no final de novembro o jornal noticia a chegada a Paranaguá do vapor “Imperador”, procedente da Corte, do qual ele desembarca, juntamente com alguns outros passageiros aqui radicados (19).

  Em 1862, na condição de Delegado de Polícia -- conforme documento, assinado em Curitiba aos 15 de outubro desse ano, existente no acervo do Arquivo Público do Paraná -- Bento Florêncio encaminha ao presidente da Província Antonio Barbosa Gomes Nogueira cópia do ofício do juiz municipal de Castro comunicando que o réu Ambrósio, africano livre, foi pronunciado num artigo do Código Criminal. Esse africano, acusado de ter matado um índio coroado em Pirapó, seria posteriormente absolvido pelo tribunal do júri (20).   

  Em 1863, conforme o DD de 6 de junho, a Delegacia de Polícia está de novo a cargo dele, interinamente (21) (já em 1854, no governo Zacarias, ele fora nomeado 1º suplente de delegado de polícia da capital, de acordo com o DD de 15 de julho desse ano, p. 2).

 Ainda em 1863, ata da sessão da Câmara Municipal de Curitiba de 28 de novembro registra que Bento Florêncio pediu “foro de terrenos no rossio”, o que significa que ele pagaria à Câmara anualmente pelo direito de usar tais terrenos, caso lhe fossem concedidos mediante carta de aforamento (“rossio” é definido no dicionário Aurélio como ”Terreno que antigamente o povo roçava e usufruía em comum”). E a ata da sessão de 4 de janeiro de 1864 afirma que ele pediu

mais 50 braças (*) de terreno por carta de foro unido à chácara que possui no Capão do Simão para aumentar sua lavoura. (22)
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(*) Braça: “Antiga unidade de medida de comprimento equivalente a dez palmos, ou seja, 2,2 m” (dic. Aurélio). Bento pediu então mais 110 m de terreno.  

Dez anos mais tarde, em 1873, Bento Florêncio encaminha outro requerimento à Câmara pedindo terreno no rossio da Capital que recebe parecer favorável da Comissão encarregada de tal assunto, conforme o registrado nas atas (23).
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  Bento Florêncio também exerceu atividade filantrópica. Participou da administração da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, como “mesário” em 1856 (24), 1865 (25), 1872 (26) e 1876 (27), e foi seu “mordomo dos presos” em 1866 (28). Também colaborou em favor de outra irmandade, a do SS. Sacramento, da igreja Matriz de Curitiba, como um de seus “provedores” em 1873 (29).

  No jornal há várias referências às festas que Bento Florêncio promoveu. Aparentemente, Bento era mais sociável do que CJM, pois em minhas pesquisas no “Dezenove de Dezembro” encontrei poucas referências a este como promotor ou participante de festas (a de maior destaque foi a festa de casamento de sua filha Augusta, em 1870).

  Em 1864, o jornal menciona diversas festas promovidas por Bento Florêncio. Isso ocorria porque ele estava “em campanha” para vereador, atuando junto aos “votantes”-- aqueles cidadãos qualificados como tais, que atendiam aos critérios elitistas da época?

  Em 16 de janeiro desse ano o jornal refere-se à “partida” que os empregados da Tesouraria de Fazenda ofereceram ao Sr. Sebastião José Cavalcanti em sinal de apreço e reconhecimento pelo modo como foram tratados durante o tempo em que foi seu chefe (ele está sendo transferido, pelo governo imperial, para Minas Gerais, a fim de encarregar-se da Tesouraria dessa província).

A partida dada na casa do Sr. major Munhós foi concorrida pelas pessoas da amizade do Sr. Cavalcanti, e esteve animada, pela boa ordem, contentamento geral, e profusão do serviço, durando nesse estado até as duas horas da madrugada /.../ (30)

 O filho mais velho de CJM, Alfredo Caetano, então com 18 anos, foi nomeado logo depois, em 26 de janeiro de 1864, “praticante” da Tesouraria de Fazenda, iniciando a sua vida profissional bem sucedida nesse órgão, onde galgaria todos os postos da carreira. Seu acesso a esse primeiro posto, todavia, deve ter sido assim facilitado pelo prestígio social de Bento Florêncio e seu irmão CJM.

Edição do DD de 7 de janeiro de 1864 refere-se à festa da irmandade de N.S. do Rosário e de S. Benedito (existentes na igreja de N. Sra do Rosário) (31), realizada no dia anterior. Dois esquadrões do 1º corpo de cavalaria da Guarda Nacional, comandados pelo major Bento Florêncio Munhoz, acompanharam a pé a procissão do costume, que percorreu as ruas da capital na tarde do dia 6 de janeiro (32). Na edição seguinte do DD, consta Nota de Agradecimento dos organizadores da festa. A Nota menciona, dentre outros, o major Bento Florêncio Munhoz

que se tornou digno de todos os encômios por ocasião de comandar os dois esquadrões do 1º corpo de cavalaria que acompanharam a procissão, animando a seus subalternos, e convidando-os, à sua casa, depois do ato, para tomarem um copo d’água  (33).

Note-se a linguagem curiosa da época-- “tomar um copo d’ água”.  Sobre essa expressão, Câmara Cascudo, em seu livro “Locuções Tradicionais do Brasil”, afirma que se trata de “uma merenda, frios, vinhos, doces”. “Não há copo d’água algum”. Cita, a propósito, Carolina Michaëlis de Vasconcelos, referindo-se a Portugal: “Uma refeição ligeira /.../, oferecida por uma dona-de-casa a visitas inesperadas, ou servida a convidados depois de cerimônias religiosas (casamento e batizado) em casa particular, um comer portanto que não é jantar nem ceia /.../”. E Câmara Cascudo conclui assim o verbete: “É merenda de meia-cerimônia. ‘Depois da posse, o Prefeito ofereceu um profuso Copo-d’água’” (34).

Em fevereiro do mesmo ano, 1864, consta no “Dezenove de Dezembro” nota sobre a festa do Senhor Bom Jesus da Coluna, que teve lugar no domingo, 31 de janeiro, na ermida do Sr. Joaquim da Costa Cabral, “ereta no rossio desta cidade” (de Curitiba) (ermida é definida, no dicionário Aurélio, como “capela fora do povoado”. Por outro lado, Joaquim é citado no v. III da  “Genealogia” de F. Negrão como pertencente ao tronco dos descendentes de João Rodrigues de França). Afirma-se no DD: “quase todos os habitantes da cidade se reuniram naquele sítio” (para assistir à missa e à prédica). No bosque, havia mesas postas simetricamente sobre a relva (para a refeição após o ato religioso). “A orquestra regida pelo professor Bento Antônio de Menezes nada deixou a desejar”. Mais adiante: “quase todos estavam convidados para um baile improvisado que devia ter lugar à noite em casa do Sr. major Bento Florêncio Munhós”. A nota conclui assim: “esplêndido baile como o que teve lugar na noite de 31 do mês passado” (35) (no ano seguinte, 1865, em 2 de fevereiro, realiza-se outra festa em Curitiba pela introdução da imagem do Senhor Bom Jesus da Coluna na ermida do rossio. Na mesma nota, o jornal informa que “à noite daquele dia ‘houve soirée’  em casa do Sr. major Bento Munhós) (36)

  Em 19 de março de 1864, o jornal refere-se ao sarau (baile) oferecido ao presidente Sebastião Gonçalves da Silva (37), que está deixando Curitiba, por alguns amigos, em casa de Bento Florêncio. Receberam-no assim: “À porta do baile, onde se achava uma banda de música, foi S.Exa. recebido por grande número de pessoas, ao som de uma escolhida peça” (38).

  Se esses eventos sociais promovidos por Bento Florêncio faziam parte de uma “campanha” para vereador, seu objetivo não foi alcançado, pois na eleição realizada em 7 de setembro de 1864 para a escolha de vereadores e juízes de paz, ele ficou em 13º lugar na relação dos nomes votados para vereador, com 243 votos (39).   

  Mas suas atividades sociais continuaram. No DD de 17 de setembro de 1864 consta extensa nota sobre o “jantar” (às 3 horas, conforme outra edição do DD) dado pelos amigos do conselheiro Jesuíno Marcondes (do Partido Liberal) em regozijo pelo fato de que ele fora nomeado Ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas; às 4 horas chegou o presidente da província Dr. Carmo (José Joaquim do Carmo, do Partido Liberal) (40); muitos brindes, dados pelo vigário da capital, presidente da província, inspetor da Tesouraria de Fazenda, juiz de direito, secretário do governo provincial etc. No final, a nota afirma:

   À noite teve lugar um brilhante soiré em casa do major  Bento Florêncio Munhós. Aí, sobre o influxo de uma viva iluminação, ornada a sala pelo belo sexo, que ostentava muita simplicidade e apurado gosto nos toiletes, ao som de melodiosas quadrilhas, schotischs executadas pela música da polícia, dançou-se até quase duas horas da madrugada.
Antes, porém, haviam sido servido os convivas de uma lauta ceia, onde novamente se repetiram brindes, se fizeram saúdes entusiásticas /.../ (41)

  Bento Florêncio chega mesmo a atuar em favor da fundação e consolidação do “Club Curitibano” (não se trata do clube que existe hoje com esse nome, criado mais tarde, em 1882). Assim, consta no DD de 11 de dezembro de 1864 esta nota sob o título “Club Curitibano”:

   A 1ª. partida desta sociedade terá lugar na noite de domingo, 18 do corrente, na casa do Ilmo. Sr. major Bento Florêncio Munhós. A diretoria roga aos srs. sócios e convidados a completa abstenção de sedas, luvas e mais objetos de luxo.

 A data do baile acabou sendo transferida para o dia 22. No DD de 28 de dezembro de 1864, p.1-2, o folhetim, intitulado “Crônica do baile”, refere-se àquele realizado no Club Curitibano. O Club com ele ”inaugura suas partidas”. Serviu-se chá no baile (42).

  Na edição do DD de 29 de março de 1865 consta matéria sobre a grande parada, ocorrida em 25 do corrente, “em festejo ao aniversário do juramento da constituição política do império”, ocorrido em 25 de março de 1824. No final, a matéria informa:

   Rematou a festa militar em casa do Sr. comandante interino da cavalaria o major Bento Florencio Munhós, onde ainda se repetiram os vivas patrióticos que caracterizaram em toda esta comemoração de um dos maiores dias da nação brasileira, o verdadeiro entusiasmo e brio dos curitibanos.(43)  

No ano seguinte, 1866, no DD de 7 de abril, p.4,  consta a seguinte nota: 

CLUB CURITIBANO
participa aos Srs. sócios que a primeira partida terá lugar no dia 11 do corrente em casa do Sr. major Bento Florêncio Munhós—O tesoureiro interino, João Manoel Ribeiro Vianna.

E no DD de 28 de abril de 1866- p.4, esta outra:

 CLUB CURITIBANO
A direção faz ciente aos Srs. sócios que amanhã, 29 do corrente, terá lugar em casa do Ilmo. Sr. major Bento Florêncio Munhós, uma partida extraordinária, como prova de regojizo pelo feliz nascimento do Príncipe,filho de S.A.S. (*)  a Sra. Princesa D. Leopoldina.
Curitiba, 28 de abril de 1866
O secretário Alfredo C. Munhós.
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(*) SAS= Sua Alteza Sereníssima

Por aí se vê que Alfredo, sobrinho de Bento Florêncio e primogênito de CJM, então com 21 anos, era quem secretariava o Club. O motivo da festa era o nascimento do príncipe Pedro Augusto, neto mais velho de D. Pedro II (chamado “o Preferido”), primogênito de sua filha D. Leopoldina de Bragança, que se casou com o príncipe Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota. O nascimento ocorreu em 19 de março de 1866 no Rio de Janeiro.  

A edição do DD de 2 de maio refere-se ao baile dado no Club Curitibano “que durou até as 2 horas da madrugada” em regozijo pelo nascimento do “augusto filho de SS.AA. os Srs. Duque e Duquesa de Saxe” (44).  Ao meio-dia de 29 de abril desse ano, 1866, cantou-se um Te Deum na igreja Matriz, com a presença do Vice-Presidente da Província, “de todos os funcionários e cidadãos de todas as classes”. “Ao amanhecer, ao meio-dia e ao pôr-do-sol um parque de artilharia colocado no alto de S.Francisco deu as salvas do estilo” (45). O vice-presidente da província, presidente em exercício, era então Agostinho Ermelino de Leão.

  Na mesma edição e página do jornal, consta anúncio do Club Curitibano convidando os sócios a reunirem-se no próximo dia 6 do corrente, “em casa do Ilmo. Sr. presidente, a fim de elegerem nova diretoria.” Está datado de 2 de maio de 1866 e assinado pelo secretário Alfredo Caetano Munhoz.

  Bento Florêncio foi também, assim como seu irmão CJM, “festeiro” de festividades religiosas.

  Em 1876, conforme o DD de 19 de julho desse ano, p.3, o major Bento Florencio é um dos “mordomos” que, juntamente com o procurador e juízes, são os festeiros escolhidos “para o futuro ano” relativamente à capela da colônia de Santa Cândida. O “Juiz por eleição” é José de Barros Fonseca e a “Juíza por eleição”, D. Cândida de Oliveira Lamenha Lins (que deu nome à colônia), esposa do presidente da Província (a propósito, esta cantou um “solo de laudamus” na sagração da capela, em 16 de julho daquele ano). 

  Em dezembro de 1876, o DD traz matéria sobre a festa da “Nossa Padroeira” realizada no dia 8. Houve missa, pregação do Evangelho, procissão de N.Sra. da Luz (à tarde) e depois, novena. Terminada a festa, foram escolhidos para o próximo ano os dois juízes (Bento Florêncio é um deles), duas juízas, o tesoureiro, o escrivão, o procurador e 12 mesários (46).

  Também a esposa de Bento Florêncio participava das festividades religiosas. O DD informa que começaram dia 25 de dezembro de 1876, na igreja do Rosário, as novenas das festas de N.Sra. do Rosário e S. Benedito. No dia 31 houve missa e pregação do Evangelho. No dia 7 de janeiro do novo ano, missa (cantada) de S.Benedito. À tarde, procissão e novena. Dentre os festeiros escolhidos para 1877 consta o nome de D.Maria do Céu Taborda Ribas  (ela é “juíza” da festa de N.Sra. do Rosário. Foram escolhidos também o rei, a rainha, o juiz, tesoureiro, escrivão e procurador) (47).

Politicamente, Bento pertencia ao Partido Conservador. O jornal “25 de Março”, órgão desse partido em 1876 (48), publica a ata de uma reunião realizada em 7 de março desse ano com o fim de “organizar-se o diretório central do partido conservador na província”. A reunião, presidida por Manoel Euphrasio Correia, escolheu, por aclamação, como presidente do diretório, Tertuliano Teixeira de Freitas. Outros nomes foram aclamados para os diversos cargos. Para procurador, o major Manoel S. Dias Negrão (genro de CJM). Bento Florêncio Munhoz é um dos signatários dessa ata. O nome do periódico expressa a importância que esses políticos conservadores atribuíam á 1ª. Constituição do Império, pois, como vimos acima, essa foi a data do seu juramento. Valorizavam assim a monarquia constitucional em detrimento da absolutista.

Nos biênios 1876-1877 e 1878-79 Bento Florêncio foi deputado da Assembleia Provincial (49). A esse respeito, constam no DD algumas referências a ele, mencionadas abaixo. 

  No DD de 12 de abril de 1876- p.4 consta edital do presidente do Colégio Eleitoral da Capital informando que

tendo se procedido a eleição para um membro à Assembleia legislativa desta província, obteve voto o Sr. Major Bento Florêncio Munhoz, proprietário, residente na capital, trinta e oito (38) votos.

 Está datado assim: “Consistório da igreja do Rosário em Curitiba, 9 de abril de 1876”.
  Em 1º de fevereiro de 1877 abriu-se a 16ª. legislatura da Assembleia  Geral, com a Fala do Trono (50). Em 15 de fevereiro era a vez da Assembleia Provincial abrir os seus trabalhos (51). Bento falta às doze primeiras sessões ordinárias da Assembleia Legislativa, de 16 de fevereiro a 3 de março de 1877 (52). Mas estará presente na 13ª. sessão, realizada em 5 de março, quando presta o juramento devido e toma assento. Ele participará das sessões seguintes, com algumas faltas (53).

  O DD de 21 de abril de 1877- p. 3 transcreve o discurso de Tertuliano Teixeira de Freitas (do Partido Conservador), presidente da Assembleia, felicitando Lamenha Lins pela sua “benéfica administração” O discurso foi lido numa visita que os deputados fizeram ao presidente da província, em seu palácio Dentre os 14 deputados signatários do documento inclui-se Bento Florêncio (na realidade, são 15 os deputados signatários, que apoiam Lamenha Lins, conforme nota publicada no jornal) (54). A Assembleia, como se viu, era composta por 20 deputados.

A “indicação” da visita foi sugerida por Norberto Miranda e Bento Florêncio Munhoz, segundo consta na ata da 29ª. sessão ordinária da Assembléia Legislativa, realizada em 10 de abril de 1877 (55):

Indicamos que esta assembléia incorporada felicite a S.Ex. o Sr. Dr. Adolpho Lamenha Lins pelos serviços prestados na administração da província.

Os representantes da sociedade paranaense estavam assim bem satisfeitos com o presidente Lamenha Lins, cuja gestão já estava no final (ela abrange o período de 3 de maio de 1875 a 16 de julho de 1877). Teve como fatos marcantes de sua administração o apoio à imigração, com a criação de diversas colônias bem sucedidas próximas a Curitiba, e o desenvolvimento do ensino (ele “reformou o Liceu Paranaense e criou a Escola Normal”) (56). 

Em 7 de setembro de 1877 realizou-se eleição dos novos membros da Assembleia Legislativa Provincial, para o biênio 1878-9 (57). Dentre os deputados eleitos incluem-se o major Manoel de Souza Dias Negrão, o Dr. Bento Fernandes de Barros e o major Bento Florêncio Munhoz, respectivamente genro, sobrinho e irmão de CJM (que havia falecido em 25 de julho de 1877), todos ligados ao Partido Conservador (58). Certamente, sua eleição foi beneficiada pelo fato de ter assumido a presidência, após Lamenha Lins, o vice-presidente Manoel Antonio Guimarães (Visconde de Nácar), no período de 16 de julho a 17 de agosto de 1877. Ele passou o governo para o mineiro Dr. Joaquim Bento de Oliveira Júnior, nomeado pelo Império, também do Partido Conservador, como o Visconde de Nácar e os deputados citados (59).  

“O Paranaense” de 8  de junho de 1879, p. 1, informa como ficou composta a mesa da Assembleia Provincial. O presidente era o Dr.Manoel Eufrásio Correia e o 1º secretário, o major Manoel de Souza Dias Negrão. A nota informa também os deputados que integravam as nove Comissões Permanentes da Assembleia. O major Bento Florêncio Munhoz era membro das comissões Orçamento de Câmaras e Eclesiástica, enquanto o Dr. Bento Fernandes de Barros, das comissões de Instrução Pública e de Redação. 




NOTAS



(1) DD de 11.09.1880- p. 4. A nota do DD informa que ele faleceu em Antonina, e o menciona como  “negociante desta praça” (i.e. Curitiba). No DD de 29.09.1880- p.3, sua viúva, D. Maria do Céu Taborda Munhoz, agradece as pessoas de Antonina que lhe confortaram por ocasião do falecimento do marido, em especial as sras. Maria Rosa Santos, Isabel Pires, Francisca Correa de Araújo, Esperança Nunes Barbosa e os srs. José Justino de Melo, João Eugênio Gonçalves Marques, Antônio Viana de Araújo, José Antônio dos Santos, Manoel Nunes Barbosa, major Francisco Antonio de Sousa, capitão Pereira, Praxedes e Adriano (o DD de 1.10.1881-p.3 refere-se ao cap. Praxedes Gonçalves Pereira como um do participantes de Antonina da “Exposição Industrial” paranaense aqui realizada).  A menção a esses nomes é interessante porque revela o círculo social do casal Bento Florêncio-Maria do Céu em Antonina e região. Na “Genealogia Paranaense”, de F. Negrão, obtive estas informações sobre alguns dos nomes citados: José Justino de Melo era médico, residente em Paranaguá (v.III, p. 539); o coronel João Eugênio Gonçalves Marques (bat.1855-1924), nascido em Paranaguá, então com cerca de 25 anos, tornar-se-ia “um dos primeiros exportadores de madeira do Paraná”. Qualificado como “importante industrial”, foi camarista, presidente da Câmara Municipal de Paranaguá e deputado estadual (v.III, p. 105; v. VI, p. 177); o coronel José Antonio dos Santos, “natural de Morretes”, foi “importante capitalista e  industrial” e casou com Maria Rosa (Pancada de Araújo) Santos, talvez aquela citada acima (v. III, p. 78 e 157); Praxedes Gonçalves Pereira também foi considerado por F. Negrão “industrial e abastado capitalista” (v.VI, p. 278). Em 29 de fevereiro de 1876, o presidente Lamenha Lins nomeou o cap. Praxedes Gonçalves Pereira 3º suplente de juiz municipal do termo de Antonina (cf. seu relatório apresentado na Assembleia Legislativa em 15.02.1877, p. 22). 

(2) Essa lista começou a ser publicada no DD de 29.04.1876- p. 3

(3) DD de 19.08.1876- p. 4

(4) DD de 3.05.1876- p.4; DD de 19.08.1876- p.3

(5) DESTEFANI, Cid- “Gazeta do Povo”, edição de 3.08.2008, p.20 (“Nostalgia”); NEGRÃO, Francisco- “Genealogia Paranaense”- op cit, v. II, p. 247 e v. IV, p. 561 e 579.

(6) Conforme o DD de 4.01.1860- p.2 ele foi nomeado “major comandante da seção de batalhão da guarda nacional de Votuverava” (cf. também DD de 18.02.1860- p.1-2 e DD de 12.05.1860-p.4), quando o presidente da província era o Dr. José Francisco Cardoso. Anteriormente, em 8.11.1858, ele fora nomeado pelo presidente da província (que era então o Dr. Francisco Liberato de Matos) capitão da 1ª. Companhia de cavalaria de guardas nacionais de Votuverava” (cf.DD de 13.11.1858-p.4; cf. também DD de 11.12.1858, p.2).

(7) LEÃO, Ermelino de – “Dicionário Histórico e Geográfico do Paraná”. Curitiba, IHGEP, 1994, v.VI, p. 2553; v também “Municípios  Paranaenses: origens e significados de seus nomes”. Curitiba: Secretaria Estado da Cultura, 2006- p. 83 (Cadernos Paraná da Gente nº 5)

(8) No “Expediente da Presidência” de 17.06.1865, publicado no DD de 9.09.1865- p.2, consta este despacho: “Ao delegado da repartição das terras, ordenando que, das sementes de algodão existentes na repartição ao seu cargo, mande entregar 6 alqueires ao coronel Manoel Antonio Ferreira, 12 ao diretor da colônia do Assunguy e 3 ao major Bento Florencio Munhós”. O presidente da província em exercício naquela data (17.06.1865) era o vice-presidente Manoel Alves de Araújo, do Partido Liberal.

(9) No DD de 20.01.1866- p.1, “Expediente da Presidência”, consta despacho ao major Bento Florencio Munhoz acusando recebido o ofício em que participa haver reassumido em 4.01.1866 o comando interino da Guarda Nacional da capital.

(10) Em 1855, conforme DD de 28 de março desse ano, p.1, Bento Florêncio, para assumir o cargo de vereador da câmara municipal de Curitiba, pede demissão do cargo de 1º suplente do subdelegado de polícia da capital, pela incompatibilidade entre os cargos. Mas curiosamente alguns meses mais tarde, no mesmo ano, ele é nomeado 3º suplente do delegado de polícia da capital (DD de 3.10.1855- p.5). No ano seguinte, 1856, segundo o DD de 17.09.1856- p.1, Bento é um dos 9 vereadores eleitos em Curitiba. Como CJM também era deputado nessa época (biênio 1856-57), os dois irmãos deviam ter o apoio das forças políticas conservadoras no poder, o que não aconteceu com o liberal Dr. Murici, por exemplo, que não se elegeu então vereador, ficando como suplente.

(11) “Boletim do Arquivo Municipal de Curitiba”- sob a direção de Francisco Negrão- volumes 60, 61 e 62. No v.59 consta a ata da sessão de 31.01.1855, em que Bento Florêncio toma posse e presta juramento, pela primeira vez, como vereador.  A ata da sessão de 20.03.1855 registra uma intervenção sua, nestes termos: “Indicou o Senr. Munhós que se fizesse um orçam.to da calçada principiando para cá da ‘ponte do Ivo’ até a casa de Manoel d’ Ola. Franco devendo ter em atenção os lugares que necessitarem de entulhos; posto em discussão resolveu-se que o Fiscal proceda no mesmo orçam.to”. 
Posteriormente, em outras sessões da Câmara, ele continua atuando em favor da melhoria daquela região da cidade, onde morava e seus familiares. Conforme a ata da sessão de 8.01.1856: “Indicou o Snr. Munhós que se mande fazer os cais no rio do Ivo para cuja obra tem uma quota especial no orçam.to do corr.e ano; posto em discussão resolveu-se que o Fiscal proceda o orçam.to e ponha em praça a q.m (quem) por menos fizer e não havendo arrema.nte que seja feita por administração, encarregando-se dela o Senr. Vereador Munhós que para isso se oferece, e o Procurador satisfaça as despesas”.  
E conforme a ata da sessão de 19.04.1856 o vereador Bento Florêncio afirma que “sendo de urgente necessid.e o calçamto. da rua além da ponte do Ivo no alinhamto. da rua nova da entrada que se oficie ao Exmo. Go., a fim de pôr à disposição desta Camra. um Engenheiro para dar o nivelam.to e orçam.to da mencionada obra”.   A proposta foi aprovada.
 
(12) DD de 19.06.1858- p.2

(13) No DD de 8.12.1858- p.2 consta que o presidente da província encaminhou ao Delegado das Terras Públicas a conta que Bento lhe apresentou, relativa à compra de tais objetos. 

(14) “Dicionário Histórico-Biográfico do Estado do Paraná”- op cit, p.14

(15) DD de 19.03.1859- p.2 (cf. também DD de 9.03.1859- p.2)

(16) DD de 12.09.1860- p.4

(17) CARNEIRO, David-  “História do Período Provincial do Paraná”- op cit, p. 138

(18) DD de 17.10.1860- p. 1

(19) DD de 28.11.1860- p.2

(20) PARANÁ- Arquivo Público do Paraná- “Catálogo seletivo de documentos referentes aos africanos e afrodescendentes livres e escravos”- op cit, p. 102, 103 e 106

(21) DD de 6.06.1863- p. 4

(22) CURITIBA-“Boletim do Arquivo Municipal de Curitiba”.Curitiba, 1957- v.63, p.41 e 49

(23) Cf. ata das sessões de 6.12.1873 e de 5.02.1874 publicadas no “Boletim do Arquivo Municipal de Curitiba”. Curitiba, 1960- v..67, p.37 e 45

(24) O DD de 12.12.1855- p.3 informa que Bento foi eleito “mesário” da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba para 1856.

(25) O DD de 10.12.1864- p.4 afirma que, na eleição da nova mesa administradora da Santa Casa, Bento Florêncio foi escolhido um dos 12 “Irmãos de mesa”, sendo “Provedor” o Dr. Joaquim Dias da Rocha e o “Mordomo do hospital”, o Dr. José Cândido da Silva Murici (ambos eram médicos).

(26) O DD de 9 e 13.12.1871- p.8  publica a relação dos membros eleitos para o “ano compromissal” de 1872 da irmandade da Santa Casa de Misericórdia: Provedor: Dr. José Cândido da Silva Murici. Escrivão: Dr. João José Pedrosa. Tesoureiro: José Fernandes Loureiro. Procurador: Aurélio Joaquim Ribeiro de Campos. Mordomo do hospital: ten-cel Ignácio José de Moraes. Mordomo dos presos: major Teolindo Ferreira Ribas. Dentre os 12 “Mesários” consta o nome do major Bento Florêncio Munhoz (outros Mesários: Dr. Generoso Marques dos Santos, ten-cel Benedicto Enéas de Paula, vigário Agostinho Machado Lima etc).

(27) DD de 2.02.1876- p.3

(28) DD de 17.10.1866- p.3. O provedor é o Dr. José Cândido da Silva Murici.

(29) No DD de 24.04.1872- p.4 consta nota sobre a eleição realizada em 21 de abril na igreja Matriz de Curitiba de provedores e mesários do SS. Sacramento para o ano de 1873. Dentre os 8 “provedores” eleitos incluem-se o major Bento Florêncio, o brigadeiro Manoel de Oliveira Franco e o comendador João de Oliveira Franco, estes dois filhos de João Gonçalves Franco (e irmãos da 1ª esposa de CJM).  Um dos 12 “mesários” eleitos foi o tenente Alfredo Caetano Munhoz, primogênito de CJM.  

(30) DD de 16.01.1864-p.3

(31) “Dicionário Histórico-Biográfico do Estado do Paraná”, op cit, p. 218; FEDALTO, Pe. Pedro- “A Arquidiocese de Curitiba na sua História”- op cit, p.181

(32) DD de 7.01.1864- p.4

(33) DD de 9.01.1864- p.4

(34) CASCUDO, Luís da Câmara-- “Locuções Tradicionais do Brasil”. Belo Horizonte: Itatiaia; S.Paulo: Editora da USP, 1986, p. 129

(35) DD de 3.02.1864- p.4

(36) DD de 4.02.1865- p.3 

(37) Vice-presidente da província, que exerceu a presidência de 5 de junho de 1863 a 7 de março de 1864, conforme CARNEIRO, David- “História do Período Provincial do Paraná”, op cit., p. 151

(38) DD de 19.03.1864- p.3

(39) DD de 14.09.1864- p. 4

(40) CARNEIRO, David- “História do Período Provincial do Paraná”, op cit, p. 159.
           
(41) DD de 17.09.1864- p.3

(42) DD de 11.12.1864- p. 4

(43) DD de 29.03.1865- p.2

(44) DD de 26.05.1866- p. 1. As informações anteriores foram extraídas do site da Wikipedia.

(45) DD de 2.05.1866- p.4

(46) DD de 12.12.1876- p. 3

(47) DD de 10.01.1877- p. 4

(48) “25 de Março”- “Órgão do Partido Conservador”- ano I, nº 1, 25.03.1876  (disponível no acervo microfilmado da Biblioteca Pública do Paraná, incluído em “Periódicos Diversos nº 1”).

(49) NICOLAS, Maria- “130 Anos de Vida Parlamentar Paranaense”- op cit, p.125 e 129. Conforme o DD de 16.05.1877- p. 3, os deputados da Assembleia Legislativa eram remunerados. 

(50) DD de 7.02.1877- p. 2

(51) DD de 14.02.1877- p.3 

(52) DD de 24.02.1877- p. 2;  DD de 11.04.1877- p. 3, e edições anteriores. O DD de 17 de fevereiro de 1877- p. 3 publica a ata da 1ª. sessão preparatória da Assembléia Legislativa Provincial, realizada em 13 de fevereiro. Consta ali que foi apresentado “o diploma do deputado eleito major Bento Florencio Munhós”.

(53) DD de 14.04.1877- p.3

(54) DD de 25.04.1877. A ata da 32ª. sessão, realizada em 14 de abril, registra que a sessão foi suspensa para que os deputados pudessem ir ao palácio para felicitar o presidente da província. Depois, a sessão foi reiniciada (cf. DD de 27.06.1877- p.2; v. também DD de 23.06.1877- p.3). 

(55) DD de 16.06.1877- p. 2

(56) CARNEIRO, David-  “História do Período Provincial do Paraná”, op cit, p. 262-4

(57) DD de 12.09.1877- p.5  

(58) DD de 22.09.1877- p. 4. Informa-se aí quem são os 20 deputados eleitos, conservadores e liberais. Dentre estes, incluem-se o Dr. José Joaquim Franco Valle, o major Manoel Marcondes de Sá e o tenente- coronel Benedicto Enéas de Paula.

        (59) CARNEIRO, David-  “História do Período Provincial do Paraná”, op cit, p. 265-267

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